Sexta-feira – Dia de Vênus – Deusa do Amor
Na madrugada da sexta-feira, Cristo é rendido pelos guardas , e Ele se entrega ao seu destino. Aquela força, que dias antes ele possuía, agora não mais se apresenta no físico. Essa luta está em outras dimensões. Ela acontece com os seres adversos que querem deixar a humanidade totalmente apartada do espírito e também endurecida, presa na matéria física. Cristo não se assusta com a morte, Ele encontra, pela dor, o poder supremo do espírito sobre a matéria. Desta forma a morte não mais o afeta.
Crucificado, Cristo vivenciou e curou, pelas suas palavras as três separações que nós, seres humanos, vivenciamos. A separação do espírito (Deus e o homem); a separação do ser humano dos seus semelhantes (egoísmo) e por último a separação do conhecimento com o agir. (Não faço o bem que quero, mas sim o mal que não quero Rom.7-19). Ele curou essas três cisões com as três respectivas falas : “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito.”; disse a João: “ Está é sua mãe”, e à Maria: Este é seu filho”. Mostrando que o amor não precisa mais ser consanguíneo. E a terceira frase foi: “Pai, perdoe-os, eles não sabem o que fazem”. Deixando assim em nós, todas as semente da reconciliação que o amor contém.
Ao meio-dia do sol escurece e a terra treme são os últimos golpes das trevas, ela não quer que o Filho de Deus cumpra sua missão de amor. Mas as forças do Cristo estão ali, e mesmo crucificado, na escuridão, seu corpo emana luz. Seu sangue e sua alma escorrem e penetram nas fendas da terra, abertas pelo tremor. A Terra recebe após o sepultamento, o corpo e o sangue do Cristo. A Terra também comunga. E neste momento entendemos o que ele profetizou: “Eis que ficarei convosco todos os dias até o fim dos tempos”.
Cristo está conosco em todos nossos sofrimentos e dores. Ele nos ensina a amar a todos como iguais e nos pede para que transformemos nossos conhecimentos em açãos de amor.
Meu ser nutre respeito e verdadeiro interesse pelo outro ?
Renata Lis Bellinello
Imagem: Domein Gereserweerd