Domingo de Ramos, o dia do Sol. Estamos iniciando a semana mais importante para a humanidade.
Cristo entra em Jerusalém, montado em um burrinho. Ele está em silêncio enquanto a multidão, em êxtase, o saúda, com ramos de palmeira nas mãos. Ele sabe que este entusiasmo não durará. No domingo seguinte uma nova realidade iria se apresentar.
O sol que antes brilhava fora, passará a brilhar dentro de cada individualidade humana, de forma permanente.
Os ramos das palmeiras, eram, nas festas pré-cristãs, usados para honrar o sol. A palmeira era uma árvore considerada símbolo do sol. O povo percebia a aura radiante que emanava de Jesus, e por isso o aclamavam com “hosana”. Mas, Ele permaneceu indiferente, porque queria algo mais profundo, que fosse sustentável. Cristo estava ali chamando as almas do escuro em que viviam, para olhar a Luz Divina e iniciar um caminho de interiorização desta luz.
O objetivo desta jornada é que o entusiasmo fosse fundamentado pelo espiritual que nasce e se enraíza no ser. Uma consciência que vai além do caos e estímulos do mundo externo. É um pedido para voltarmos a nossa essência e dela fazer nossa base.
Para este momento que hoje nos encontramos, está força interior nos auxilia a nos mantermos centrados. A qualidade mais forte que vive nesta Luz é o amor. O Amor é a base da compaixão. Sentimento que nos faz ver que todos somos iguais nas dores e alegrias. Que gera a empatia, que nos faz ir ao encontro do outro de forma solidária. E isso só acontece quando estamos fortalecidos em nós mesmos. No nosso EU espiritual.
Pergunte–se: Como cultivo e vivo o espiritual em mim? As pessoas com quem convivo podem sentir esta força maior nas minhas atitudes?
Um domingo luminoso a todos!!
Renata Lis Bellinello
Imagem: Pintura de Bernhard Plockhorst